quarta-feira, 24 de agosto de 2022

5 Jogos de Commodore 64 com gráficos maneiros. [REEDITADO]

 Primeiramente, uma apresentação: O Commodore 64 fez muito sucesso nos EUA e na Europa nos anos 80. Além de trazer as pessoas para o mundo da computação, com a queda da Atari e a crise comercial dos videogames, muita gente migrou para esses computadores - afinal, esses computadores também serviam para essa finalidade. 

 Embora o sistema fosse 8 bits, muitos jogos podiam ter gráfico inferior ao NES, justamente por ser um computador pessoal, e muito do poder do sistema era realocado para outras funções da máquina. Assim como no MSX, também há controvérsias sobre os ports de ZX Spectrum; embora muitos jogos fossem mal otimizados, ainda havia os funcionais, porém aquém graficamente do que se esperava da Commodore; Eu diria até que são inferiores, devido a mudança das cores de paleta característica do ZX, deixando-a muitas vezes com o aspecto lavado e menos vivo. Comparem por exemplo, Exolon de 1987: A primeira imagem é do ZX Spectrum e na outra de C64.




  Não há melhor ou pior, pois cada sistema tinha suas particularidades, o mesmo para seus pontos positivos e negativos. Quem optasse pelo Commodore 64 por exemplo, não teria problemas com color clash - nome que se da quando as cores do cenário se sobrepõe ao personagem. Também poderia usar um mouse em jogos de estratégia. E meu intuito é desmistificar a ideia de que toda a paleta de cores da Commodore era ruim, pois nem todo os títulos lançados para ele são assim. 
 Outra que, poucos brasileiros estão familiarizados com computadores antigos, e podem aqui conhecer alguma hidden gem. Até havia computadores pessoais nos anos 80 em solo brasileiro, mas era para uma classe ou elite muito restrita, e em sua maioria eram clones nacionais devido a sua reserva de mercado - Acredito no entanto que a Commodore 64 não foi lançado aqui, diferente do ZX Spectrum que apareceu aqui como TK90x e TK95. 
 Nessa série falarei de 5 títulos em cada: 

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 01 - Creatures 1 & 2.

Primeiramente, olhem como esses minions estão felizes!
 Estão fazendo satanismo. (zoas)

   Somos aliens fofos fugindo de um planeta hostil, indo parar num novo cheio de monstros; Monstros esses que não gostam de sua presença ali, e sequestram-nos para vê-los sofrer. Nosso personagem é o único que não foi pego, e entra numa jornada em busca de derrotar esses monstros malignos e salvar seus amigos. Creatures é um titulo de plataforma side-scrooling hardcore, onde qualquer dano é fatal, eu simplesmente não entendo como alguém consegue finaliza-lo sem cheat; Quase sempre você vai precisar voltar pro começo da fase e memorizar suas ações. Temos uma diversidade de inimigos que podem ser andantes ou voadores, e podemos atacá-los usando tipos de mal hálito que podem receber customização entre as fases. No final de cada um dos 3 níveis você entra numa fase de tortura fixa, onde você deve resolver algum quebra cabeça afim de resgatar seu amiguinho, senão ele vira purê. Foi lançado em 1990, fiquem longe daquela abominação que é a versão de Amiga. 


  Em Creatures 2 de 1993, após derrotarmos os monstros, nosso personagem se casa e tem nove filhos. Se está difícil pra você, imagina agora para Clyde com 9 bocas para alimentar? Todavia, não se esperava que algum desses monstros ainda estivessem vivos; Irritados vieram a se vingar, sequestrando os filhinhos de Clyde e outros aliens fofos da vila. Creatures 2: Torture Trouble larga a formula de plataforma side scrooling, e passa a se focar mais nos puzzles das salas de tortura, onde novamente ele precisa salvar os da sua espécie. Eu gosto das fases de bonus onde precisamos guiar um desses bichinhos de um lado para o outro por um trampolim, coletando moedas e tomando cuidado para não cair. Gosto também bastante dos esprites dos chefes, que são muito elaborados. 



 02 - Rick Dangerous 1 & 2.


 Cogito que Ricky Dangerous assim como Doom conseguiram seu código fonte, pois é um dos jogos com maior quantidade de ports não oficiais que já vi. No jogo controlamos uma espécie de Indiana Jones engraçado, que precisa tomar cuidado com armadilhas, atirar nos inimigos e usar bombas nos obstáculos. Estranhamente a primeira fase se passa na Amazônia, então realmente estamos matando nossos índios. Como um bom arqueólogo também nos aventuramos no Egito. O jogo foi lançado em 1989 para vários computadores, inclusive o ZX Spectrum, e é meu favorito do computador Amiga. É um jogo difícil, mas não sinto frustração nele mesmo com as sucessivas pegadinhas - chega no nível de I wanna be that guy. Temos também claro, a versão de Commodore 64. 

Sinto falta dos barulhos impagáveis da versão de Amiga. 

  Em seu sucessor, Rick Dangerous 2, vivemos uma aventura diferente, repleta de sci fi: O plot inicia com uma espaçonave descendo em Londres, e você vai vistoria-la vestido com sua capa de herói. Suas armas dão lugar a lasers, e as bombas de TNT a algum tipo de explosivo mais sofisticado. São quatro fases longas e desafiantes, cheia de pegadinhas, com diversos designs de robôs para os inimigos. O gameplay também é simples e intuitivo, principalmente se considerarmos que com um só botão conseguimos usar ou o laser ou a bomba. Foi lançado em 1990 também para Commodore 64. 



 03 - Mayhem in Monsterland.


  Um aprendiz de mago errou em seu feitiço, transformando o mundo antes colorido e feliz em triste e sem cor. Humilhado, ele se afasta de tudo e de todos, até encontrar Mayhem, outro dinossauro que garante encontrar a solução para os problemas de Monsterland. São 5 níveis, cada um com seu bioma, tendo variações de dia e noite; Durante a noite coletamos magia pulando nos inimigos, o que nem sempre é simples, pois alguns tem espinhos, cabendo o jogador analisar seu ponto fraco. Durante o dia, além de lidar com as adversidades, temos que correr e uma quota de estrelas para coletar. É um jogo de plataforma de rolagem horizontal, assim como Mario World, mas bem fofo e carismático. Foi lançado em 1993.



 04 - Its Magic 1 & 2 (Homebrew).


   Jogo de plataforma lançado como um freeware em 2002; Nele controlamos um gato fofo e curioso, que almeja conhecer o mundo fora de sua ilha. Para realizar seu sonho, aproveita que um mago está ausente, e adentra sua casa se apossando de seus objetos mágicos. Talvez o feitiço tenha dado errado, pois foi mandado para muito longe além de sua ilha, mais especificamente através do tempo e espaço. Agora o gato está triste e sozinho, tentando encontrar uma maneira alternativa de voltar para casa - já que os objetos mágicos se romperam. São 8 fases divididas em 3 mundos, onde precisamos coletar todos os diamantes e encontrar a poção mágica para avançar


  Em It's Magic 2 conseguimos voltar para casa! O gatinho foi homenageado como herói, e o mago tomou-o como aprendiz. Viveu-se assim um período de paz, para abruptamente ser atrapalhado com um perigo iminente. Mal sabia o gatinho que ele era o causador daquele mal, por ter conjurado a magia de forma errada; Para não deixar sua terra natal desmoronar, ele novamente se aventura em busca de uma solução. Não há duvidas que a melhor adição dessa continuação foi a música, toda a beleza do antecessor destoava um pouco pela falta de melodia. Agora temos 5 mundos ao invés de 3, cada um com 6 atos, e precisamos ser cuidadosos! Pois perdemos nossa magia, e só podemos derrotar os monstros pulando em cima deles. Além do paralax igualmente lindo, é notável alguns cuidados com a física. 


 05 - Sam's Journey (Homebrew).

   Sam's Journey foi um homebrew bastante antecipado para o C64 no ano de seu lançamento, muito se dá além da excelente execução, por seus gráficos suaves e a atmosfera harmoniosa, juntamente com sua paleta colorida. Aqui controlamos Sam, um garoto normal que não conseguindo dormir, foi olhar para dentro de seu guarda-roupa barulhento. E que surpresa! Havia mesmo um monstro dentro de lá! E sua garra arrastou-o para dentro do guarda-roupa, adentrando assim um mundo totalmente novo e desconhecido. Devemos ajudar a guiar Sam por diversos biomas do mapa, derrotando monstros e coletando gemas; Ele pode correr, pular e nadar, e o mais legal é que temos o sistema de fantasias, onde Sam além de mudar esteticamente adquire novas habilidades. Sam's Journey é um jogo de plataforma lançado em 2017 para Commodore 64, e aparentemente estão trabalhando em uma versão de NES. 





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