quinta-feira, 3 de junho de 2021

Pequena Análise de um jogo Dropado 2: Might and Magic 1 e 2.

  A vida como sabem é complicada e a minha anda muito corrida. Preferia falar sobre esses jogos quando eu tivesse mais informação sobre eles, no entanto, mesmo para o começo tudo aparenta ser muito vago. O que encontro sobre são sinopses na internet, que mesmo assim deixam muito a desejar tendo em conta a vastidão dos mapas dos jogos - um mundo tão grande e tão pouco a se dizer. 

(...)


Mapa de Might and Magic 1 - Island of Varn

Mapa de Might and Magic 2 - World of Cron. 

 Inicialmente falaria só do 2, porém, comecei a jogar o 1 - numa visão de qualidade duvidosa, mas foi o que encontrei. Assim como Ultima e Wizardry, no passado essa série também teve sua glória e importância. 
 O primeiro jogo foi lançado em 1986 pelo produtor John Van Caneghem e sua companhia New World Computing, inicialmente de forma sutil e depois sendo mais visibilizada; foi criado para ser um rpg estilo Dungeon e Dragons em primeira pessoa. Embora suas similaridades com Wizardry no começo, diferente dele, MeM não se limitava apenas na exploração da dungeon, você poderia perambular e explorar cidades juntamente com outros panoramas, além de que, o jogo tem um toque mais humorístico que seu concorrente - que se leva muito a sério. Embora os cenários fantasiosos, este foi o começo de uma série que se prendia, assim como os primeiros Ultimas e os últimos Wizardrys, a ficção cientifica. Por exemplo: Aqui o vilão é introduzido quando os aventureiros visitam um lugar cujo há uma espaçonave acidentada, e são informados por alienígenas que o prisioneiro está em liberdade no mundo. 
 Nos situamos no mundo de Varn, cheio de castelos, cavernas, plano astral... O jogo se concentra em nossa equipe tentando descobrir o segredo do Santuário Interior: Uma espécie de "Santo Graal". No decorrer, acabamos por descobrir também personagens misteriosos como Corak, que persegue o vilão desaparecido de nome Sheltem. Doravante desmascara tal vilão, que estava fingindo-se de rei durante suas maquinações malignas; no final, nossos aventureiros passam pelos portões para outro Mundo (Gates to another World, o segundo jogo). Teleportamo-nos para Cron, sem saber que o inimigo também escapou viajando para cá.

 No primeiro game e em seu sucessor, podemos criar uma equipe de seis personagens. seguindo um sistema simplificado e fácil de se aprender, tendo em conta o layout e os manuais de sua versão original. Diferente dos rpgs contemporâneos, dava-lhe informações sobre quanto de experiencia faltava para passar para outro nível, e que necessitava passar por uma sala de treino e gastar dinheiro para isso. Assim como seus sucessores, dormir tanto dentro quanto fora da cidade, precisa-se de comprar comida, caso o contrário, o personagem não será curado. Doenças que seu clérigo não pode curar, ou a morte de alguém, é algo que só será solucionado no templo. A primeira versão de Book of the Winner Sanctum complicava, visto que os encontros eram periódicos e não com frequência; os personagens começavam sem equipamentos e sem dinheiro. A versão de Nes de 1991 que tenho jogado, é um pouco criticada pelos fãs devido algumas mudanças no sistema: Começamos com um grupo pré-definido que pode ser modificado depois, os combates são mais frequentes e só podemos sair da cidade após já estar num nível avançado, mais seguro. Porém, em outras ele evoluiu; tal como a variação de cores nas cidades, o auto-mapa - que embora não coloque nenhuma nota sobre as localizações de lugares importantes, ajuda a não se perder - a música que antes não possuía, somente o som infernal da abertura. Agora os inimigos podem ser visíveis mesmo depois do primeiro encontro da batalha, não fica mais uma tela preta cheia de informações abstratas.Tem um pequeno problema que aqui não evoluiu: a magia light e as tochas continuam imuteis, visto que só funcionam por um quadrado de movimento. Há uma versão de PC-Engine que saiu só no Japão, que tem os sons e a imagem ainda mais bonitas e aceitáveis, porém nunca saiu de lá, e por enquanto não há tradução. 



 Seu sucessor, Gates of Another World, é uma versão melhorada do primeiro, tanto em gráficos como navegação, obtendo uma interface que facilitasse o gameplay.também dando para escolher a rapidez do combate.
 Nele pode-se transferir o save do jogo anterior, ou passar pela dificuldade de iniciar tudo do zero; coisa não tão ruim, visto a maior variedade de classes nesse game, como a de Assassino e Barbaro. O game introduz o aprendizado de skills por livros, e o sistema de contratos; mais dois personagens poderiam ser pagos para ajudar nas batalhas. O game introduz o ciclo de dia e noite. O jogo é cheio de puzzles e amplamente mais focado na exploração, aqui começando a evoluir uma característica da série: a de precisar aprender a nadar, andar por florestas, alpinismo... O sistema de inimigos é random, e a quantidade é igualmente enorme - assim como o 6~8, parece um musou de rpg, aqui porém, bem mais tático dado a limitação das ações. Teve uma vez que cai numa excursão de monstros, e apareceu-me 250 de uma vez! Depois dessa até desanimei.
  No jogo os personagens começam jovens, e podem morrer de velhice caso não encontre-se uma forma de rejuvenesce-los. Na versão de snes oriental pecou muito, colocando muito de dragon quest na formula e shin megami tensei, colocando inclusive portraits de anime, perdia completamente sua essência. Porém, a versão de snes ocidental sofreu muitas censuras, e não é uma versão muito recomendada, embora haja som e bons gráficos, diferente de sua versão original. A melhor, para muitos, e mais fiel, é a do mega drive, que estou a jogar, que simplifica ao também incluir auto-mapa (embora eu não muito utilize, pois não funciona em dungeons, o bom mesmo é saber a magia Wizard Eye).



  Uma coisa que reparei na evolução jogo - que vai mudando completamente após o terceiro, que comentarei - é que a função dash. No Book 1 e 2, sempre que batermos numa parede, quando não há nada secreto, há de falar "Solido" - e aliás, é raro achar-se algo secreto -, e isso irrita demasiado. Aqui há também a função "search", que não se vê nos seus sucessores; possibilita-te a encontrar objetos, itens e baús após a batalha ou durante a exploração. Devo confessar que ambos fazem-me perder-me nas cidades por não conseguir discernir os caminhos, devido a falta de diversificação dos sprites; porém, em quesito de inimigos isso é diferente, é muito variável. O segundo em questão, devido as limitações da época aparecia um inimigo na tela por vez, e só mudava para o esprite do outro quando o tal anterior fosse derrotado. Achei principalmente o segundo muito hardcore, até o momento tenho achando-o o mais difícil da série; teve um dia que passei a maior parte do tempo no grinding, e não consegui caminhar em paz pelo mapa; e complica que o fato de minha versão ser diferente, não da para transferir o save do game anterior, como era no original. Todavia, são games que valem a pena a experiência, principalmente de quem tem paciência e quer aprender sobre a evolução tecnológica dos rpgs para pc. 

Motivo da desistência: Perdi o save, além de que a versão de mega drive é meio lerda e acaba-se perdendo a paciência.  


2 comentários:

  1. Perder o save.. Depois de tanto progresso! Até me doeu aqui!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Acho que esses não chegam a ser os casos mais depressivos, acho que o mais depressivo foi meu caso com Persona 3: Salvei sem querer o save da minha irmã em cima do meu. Nele eu estava no LV70 com 90 horas de jogo. Final Fantasy 7 eu recomecei mais de 5 vezes, e em todas eu perdia o save depois do Cid entrar na equipe - geralmente queima de HD ou formatavam o computador sem fazer backup.

      Excluir