quinta-feira, 3 de junho de 2021

Para quem gostou de Legend of Grimrock.


 Legend of Grimrock para quem não conhece, conta uma história muito breve; embora pareça um aspecto negativo, tendo em conta o sistema de evolução comum do seu gênero role playing; o motivo no entanto se encaixa por tentar trazer de volta a nostalgia. 
 Não é que ele não tenha uma história, somente tiramos conclusão de que bem pouco nos foi dito; Iniciamos como criminosos que por castigo, foram jogados numa Dungeon e nosso objetivo é intuitivamente conseguir achar uma saída.
 E isso não é lá muito fácil; no decorrer do caminho precisamos enfrentar monstros, um monte de puzzles engenhosos e caçar segredos. Mesmo na dificuldade leve é provável que tenha algumas dores de cabeça.

 (...)



 Outros aspectos importantes na obra podem passar despercebida; para dar mais vida a atmosfera claustrofóbica há praticamente nenhuma trilha sonora, compondo-se apenas de sons ambientes. 
 Não há interação com os membros da equipe nem com terceiros, no decorrer sentimo-nos mais num puzzle mesmo do que num rpg propriamente dito, comparando-o com obras mais apelativas atualmente. A obra no entanto é balanceada, e não perde o brilho nela depositado, é perfeita nos moldes do que se propõe.


 Esse jogo por me parecer único, tendo como base os jogos atuais, fez-me eu me interessar por outros semelhantes. Do jeito que fiquei hiper-focada acabei por trazer de volta quase toda a biblioteca dos pc dos anos 80 em quesito rpg. 
 Eye of the beholder foi um que me chamou a atenção em si; estou jogando a versão de MSDOS da GOGporém este foi lançado também em outras plataformas.Não é a melhor versão, porém não é ruim; é um dungeon crawler com gráficos originalmente bonitos e boa animação, algo bastante avançado para sua época. 


 Olhando assim até parece uma versão mais arcaica de Grimrock - e decerto foi o produtor de Grinrock quem teve muita inspiração de EOB. Aqui o enredo é simples e mediocre também: somos heróis recrutados para limpar os esgotos de Forgotten Realms. 
 Para quem consegue se acostumar com os gráficos, o jogo é uma boa pedida. É até tranquilo; para quem se perde fácil em labirintos os fãs disponibilizaram um mod de auto-mapa, que estou utilizando - não sou assim tão hardcore.


 Eye of the Beholder 2, seu sucessor, é considerado o favorito dos fãs; e de cara sabe-se o porquê: Aqui nossa equipe terá que investigar o mistério por trás do templo Darkmoon; acontecimentos estranhos ocorrem por lá, e os aventureiros de outrora ainda não regressaram. 
 Bem no principio percebemos que o jogo expandiu suas ideias ao ter colocado mais interação entre seus integrantes e demais npcs; coloca-se mais peso em suas escolhas levando mais em conta o alinhamento dos personagens; que podemos importar, criar como em seu antecessor ou optar pelos já pré-definidos. Isso surpreendeu-me sobremaneira. 


 O ultimo da trilogia no entanto caiu em qualidade;  nota-se que não foi feito pelo mesmo estúdio. A Westwood optou por se focar mais em sua própria linha de jogos nomeada Lands of Lore - que é igualmente bonito - ou ouso dizer superior, e de bastante qualidade. Somos introduzidos em uma taverna, com nossos heróis contando a história de seus feitos, quando um ser encapuzado der repente aparece avisando-nos de um novo mal a crescer nas ruínas de Myth Drannor, e que aparentemente somente nós podemos deter. 
 Falta qualidade aqui quando estamos a falar do desafio e inspiração; os termos técnicos e visuais não foram afetados; Alguns pontos até melhoraram, como a interface que agora ficou mais acessível, Não é um jogo ruim, é mediano; a empresa dona dos direitos decerto tentou ganhar dinheiro com o título sem por a mão na massa
 Gosto de ver como as coisas evoluem, tanto na história dos videogames como na continuação de cada título. Percebe-se que muitas mecânicas conhecidas não foram evolução e sim reciclagens. Que muito na indústria de game atual dos blockbusters não passa de um clichê misturado a reciclagem.  E meu lado desenvolvedora gosta de reparar como eles conseguiam trazer bons títulos tendo tão poucos recursos. Eles tiravam leite de pedra.


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