segunda-feira, 1 de abril de 2024

Tentando retornar para a escrita, uma saga: Parte 3.

fico na duvida se já posto esse desenho assim no insta ou se tento melhorar as mãos, tô treinando a destreza na mesa digitalizadora. 

 Comparado a antigamente, eu devo concordar que tenho meu ritmo super reduzido... Não sei ao certo se é por conta do ballet, ou o fato de eu estar saindo e passeando com mais frequência. 
 Como já disse, não é novidade que eu me cobro muito, e é uma cobrança que chega a me paralisar de vez em quando, mas não sei se é revelador que as vezes sinto um peso nas minhas costas. Um dos psiquiatras em que fui, na época em que eu escrevia dizia que eu não devia ser assim; Eu queria terminar meus textos o mais rápido possível, mas de acordo com ele eu tinha a vida toda pra isso. Mas não consigo encontrar meio termos, porque ou eu estou obcecada ou estou mesmo negligenciando. 


 Acho que já falei que comecei a traduzir algumas one-shots... E não sei se me arrependo, pois começou uma nova obsessão... O tempo que eu poderia estar escrevendo ou desenhando, estou gastando traduzindo. 
 Não se trata de um interesse novo; eu já queria começar a traduzir músicas brasileiras para o inglês para que amizades ou conhecidos americanos conseguissem entendê-las. 

Uma das que eu gostaria de traduzir um dia.

 E gosto de quebrar a cabeça imaginando como adaptar a parte lírica, ou expressões, tenho a vaga impressão de que o inglês está pouco acostumado a metáforas e licenças poéticas. Ontem a noite sem ouvir música nenhuma, estando em momento de descanso, ficava me perguntando: Como traduzo "O amor que existe além do olhar", no inglês? Ao pé da letra pode ficar sem sentido, ou sem o peso emocional. Mesmo eu tendo um revisor pra as minhas traduções em mangá - em inglês eu tenho dificuldade em perceber o tempo do verbo as vezes, ou desconheço algumas palavras. Mas muita coisa eu sei de cabeça, e consigo assistir muita coisa legendado -, as vezes uso o chatgpt pra ver várias opções à tradução.
 "Love beyond the Sight", ou "A love that live beyond the gaze", ainda assim não parece a interpretação correta, pois minha interpretação da música é que o olhar está atravessando a pessoa, talvez: "The love that lives deep in the soul", ou "the love that lives beyond the soul"? Mas ainda acho que falta o sentido de ser um amor divergido, trocado entre duas pessoas. 

Ela é tema da novela antiga chamada: "O Profeta", cuja a história começa com um menino que tem visões do futuro, e posteriormente na fase adulta passa a ter outros poderes paranormais. 

  Brincaram que até com o chatgpt eu brigo, pois briguei com ele que "Maybe I am biased", não pode ser traduzido como, "Talvez eu tenha uma inclinação", ele me sugeriu que era uma expressão apaixonada, mas no português ninguém fala assim quando diz estar interessado em alguém. Aqui a comparação:

Comparação.

 Eu fiquei muito hiperfocada em traduzir mangá, antigamente eu já tentei traduzir tirinhas mas era péssima em edição, eu não tinha a noção das boas fontes. Isso aumentou quando vi alguns comentários, me foi um estímulos, e assim passei a ter várias ideias para títulos que eu gostaria de um dia talvez traduzir... Mas é muita coisa, são muitos hobbies, não estou dando conta de tudo, mesmo eu sabendo que é divertido e me ajuda a melhorar meu inglês.


Pra quem tem curiosidade, o que eu gostaria de traduzir são esses títulos:
Oneshots - São obras pequenas de um capitulo só:
Iguana Girl - Hagio Moto.
Unicorn Dream - Hagio Moto.
Feminine no san Shimai - Izumi Yoko.
Obras de 1vol:
Fushigi na Melmo - esse eu preciso corrigir 4 capítulos pois desconhecia as fontes, e agora consigo criar mais opções de adaptação porque encontrei material em espanhol. Tem muita expressão "Oh, Oh Oh", chega uma hora que perco ideias do que colocar no lugar. É de Osamu Tezuka.
The Wonderful Wizard of Oz - Yumiko Igarashi.

The Row of Cherry Trees - esse seria mais por eu amar a arte do autor Makoto Takahashi que ilustra as artes do meu outro blog, Não me agrada a história e não é por conta do lesbialismo, é só porque achei muito mamão com açúcar. Mas é o que menos me interessaria, porque o scanlator Garoto Lesma já parece mais interessado; outro que ele parece mais interessado e combina muito com eles é o Mahou Tsukai Sally, titulo que eu também me coçava muito pra querer traduzir.
Obras de mais de 1vol - que com certeza não irei fazer senão serei obrigada a parar de escrever aqui pela demora. Parece pouco mas é muito pra uma pessoa só: 
Mayme Angel - Yumiko Igarashi, 3 volumes.
Princess Tutu - Ito Ikuko, 2 volumes.
Eu cogito aposentar logo esse hobby, por estar me fazendo perder tanto tempo que eu devia usar pra me dedicar com "Obras Originais Minhas". Contei todas as páginas até a adaptação de O mágico de Oz, e vi que daria mais ou menos a tradução de 200 páginas e pouco, se eu conseguir ignorar todos os títulos abaixo. As vezes me pergunto também se não vale a pena largar tudo e gastar todos esses dias traduzindo pra aposentar de vez. 

Arte de Makoto Takahashi.

Ribon no Waltz é uma obra que tenho interesse de ver as scans! Imagem! Dizem que muitas obras dos anos 60 é considerado perdido até no japão, e o que foi relançado daquela época é em poucas tiragens, pouco acessível e só cai na mão de alguns colecionadores. 

 
 Retomando o papo sobre chatgpt... Tudo sobre inteligência artificial tem estado um assunto polêmico, até pensei que o próximo assunto poderia ser sobre esse. Muitos artistas parecem irritados com essa técnologia, e a panelinha da opressão comprou essa briga e levou para o lado extremamente pessoal.
O que passei nesses últimos meses me lembrou o quanto certas partes da comunidade de fanfic é tóxica. Eu sempre tive uma ideia formada na minha cabeça para a capa de um título, e pedi pro site que acho que ser o "Leonard Ai", essa descrição: um homem andrógino com roupas da era do rococó olhando para um espelho rachado, seu reflexo era transparente e havia marcas de frio no espelho, ele me deu isso aqui:


Não ficou perfeito, ficou faltando as coisas que falei: Relexo de leve, rachado, e marca da fumaça do frio que criamos quando falamos. O engraçado que na primeira vez nem o homem saiu, apareceu foi um cachorro vestido com roupa de fantasma. 

 Postei num grupo e nossa! Como esse pessoal se doeu! fizeram um espetáculo de mimimi, me compararam desde ladra a criminosa, sendo que naquele mesmo grupo elas usam pessoas reais, atores e atrizes da rede globo, ou mesmo personagens de boyband coreanas para ilustrar suas histórias, usando-os inclusive como atores reais. Nunca deram importância para direito de imagem, foi o sujo falando do mal-lavado, e duvido que metade ali era de fato desenhista, porque as capas eram como já afirmei photoshop de pessoas reais. E outra, é uma fanfic! Não estou ganhando nada com isso.
 Postei essas imagens de capa que criei com IA, e o pessoal de design gráfico se doeu! Falaram que usei a IA em toda composição! Puro achismo! Pois eu quem criou com a Canva a parte escrita, e eram fontes gratuitas.


 As pessoas estão tão sensíveis que te atacam sem saber a história toda! A exemplo dessas duas imagens: a ideia é que um dia as histórias sejam comerciais, mas até lá, acham que tem problema eu ter uma capa provisória? Ignoram que muitas editoras tem o próprio departamento de ilustração, e mesmo se não tivesse o departamento, eles vão analisar se aquilo é ou não adequado. Achavam que eu já tinha contrato e tudo! Achavam que eu já ia ganhar no mínimo 5000 por mês com cada história! Mal eles sabem que não da pra viver de escrita no Brasil! Escrita é quase um hobbie, se o brasileiro viver de escrita ele passa fome, e isso não vale só pra escrita pra arte toda em geral! Só é conhecido pessoal amigo do rei, com influencia, ou um partidário da panelinha. Sério, eu tinha um amigo escritor que se ganhava 300 reais em um ano com o livro dele lançado na Amazon era muito. Os meus desenhistas brasileiros favoritos não recebem ajuda do governo e vivem em trabalhos paralelos. 
 Falei noutros grupos sobre a vontade de postar algumas histórias na internet e a pessoa cuspiu o mesmo achismo de que "há gente ganhando muito grana com e só preciso procurar bem, que não devo postar esses textos na internet", mas respondi seco que se fosse assim, todo mundo tava trabalhando é com escrita e não fazendo outros malabarismos. Falar é muito, muito fácil. 
 Meu interesse não é postar tudo mesmo, mas fazer o leitor me conhecer em algum lugar primeiro, e assim estar familiarizado comigo. E não, por enquanto tenho contrato nenhum, e é muito difícil alguém conseguir contrato, tem gente que pra realizar o sonho de publicar o próprio livro tira dinheiro do próprio bolso. 
 Leve em consideração que eu sei sim fazer meus próprios desenhos, mas eu não tinha mesa digitalizadora, só perto dos 30 que consegui adquirir, de vez em quando tenho dinheiro nem pra papel. Minha arte é levemente inclinada pro mangá, eu tento fazer de tudo pra que ela se pareça menos com mangá, mas continua, mesmo com os olhos fechados. 

Um romano com o poder de um deus, ao lado de uma deusa d'água. 

 Eu tenho noção que é uma arte de nicho, tem sim sua personalidade, mas não combina com uma capa de livro. A pessoa vai comprar e pensar: Deve ser uma Light Novel ou um "Mangá brasileiro novo", não quero que o cliente se sinta logrado, enganado. E se não fosse a IA não passaria a pagar alguém, iria logo para as artes royalty free e bancos de dado gratuitos que também uso - queria usar uma arte do falecido e antigo pintor William Adolphe Bouguereau para ilustrar uma história sobre duas irmãs. 
 O pessoal da caixinha da opressão acha que todo artista é contra IA, e não é assim... Tem muitos que estão muito impressionados com a tecnologia, seja porque se interessa por TI ou são entusiastas, veem a evolução humana e futuramente uma ferramenta que possa vir a facilitar o próprio trabalho. Tem muito artista que começaram a usá-la pra conseguir com mais exatidão algumas imagens de referência. E eu já dei ideia de que poderiam criar uma que colorisse artificialmente seu desenho pra quando você está na dúvida sobre alguma cor ; Será que a cor do vestido ficaria melhor azul ou verde? Seria interessante um sistema similar ao que estavam pensando para os dubladores: Você ganha royaltys de algo criado pela IA no seu estilo; o que pode ser meio dubio, já que há artistas similares a outros, basta comparar a arte do criador de Fairy Tail ao de One Piece. 
A arte do Bourguereau que citei.

 Pessoal, muito artista não se importa desde que não roubem a arte deles! Desde que usem arte de bancos de dado gratuitos! Incriminaram que toda IA usa arte de terceiros, se for assim e a pessoa que está utilizando não tem esse conhecimento, não é o usuário o criminoso e sim o dono do código e o pessoal do sistema. Vamos lembrar que crime contra a honra também dá cadeia. 
 Eu nunca coloquei arte de terceiros na IA, e se coloquei alguma arte era a minha própria!

Pra chegar nessa imagem, alimentei o sistema com vários dos meus desenhos... Eles até agora não conseguiram copiar meu estilo, mas me deram o que eu queria e estou satisfeita. 

 Da para perceber que desde o começo sempre estive na legalidade. Nos grupos de psicologia se ofenderam com IA igualmente, sendo que foi pergunta da própria IA se ela poderia ajudar os humanos de forma terapêutica. Isso nunca foi um questionamento meu, a IA que está saindo do controle.
 Me digam, que emprego estou tirando ao usar IA pra jogar RPG de mesa? 

Vou ter que contratar uma pessoa que finja ser o Mario pra me responder? Character.ia.
Lá existe o mineiro do interior, por favor criem um paranaense e um carioca. 

 Antes da existência dessa ferramenta - pois o chatgpt é isso, só uma ferramenta -, eu só escrevia com uns vinte livros abertos espalhados do meu lado, com o site dicio aberto junto a barra de pesquisas quando tinha a dúvida de por exemplo: "Como descrever uma casa japonesa?". Não podia faltar música, é claro, geralmente música instrumental de videogame ou da banda Kalafina. Mas hoje em dia eu vejo muita funcionalidade no chatgpt, talvez eu não precise ter tudo aberto ao mesmo tempo com ele. Ou assim como peço: Me dê várias opções a tradução, ele pode me dar várias opções da frase que utilizei escritas de outra forma. Não é como se ele estivesse fazendo tudo sozinho, pois a ideia vem da minha mente... Me lembro o quanto penei pra descrever uma vez um ambiente de vários fotógrafos e repórteres interagindo e trabalhando de frente para pessoas que andavam num tapete vermelho em direção a um teatro da ópera. Se nunca fui a um teatro, então não é cheat perguntar como é um; mudar a frase para que vire minhas palavras e embeleza-lo - pois meu estilo mistura muito poesia. 



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