sexta-feira, 27 de maio de 2022

RPGS Ocidentais Parte 5 - PC Engine & PC Engine CD

 Eles até podem ter sido produzidos por orientais, mas a obra original é ocidental.

1 - Dungeon Master: Therons Quest.


  Esse pode ser considerado debatido, além de ter sido criado no japão o jogo é na realidade uma reimaginação do clássico Dungeon Master que foi lançado para Atari ST em 1987. O jogo é considerado mais fácil que o original, mesmo contendo ainda o sistema de fome e sede. No original Theron existe, mas ele não é um personagem jogável como na versão do PC-Engine CD, ele apenas serve de entidade não corpórea que guia os aventureiros - não corpórea pois, todos ali estão mortos. O jogo é dividido em sete dungeons, e em cada qual precisamos coletar o pedaço de uma armadura necessária para derrotar o mau superior.

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 O jogo envelheceu bem em suas mecânicas, pois diferente de Ultima e Wizardry sua interface era intuitiva e poderia ser jogado praticamente só com o mouse. É dele maior parte das mecânicas que veríamos futuramente em outros dungeon crawlers em primeira pessoa, tais como Eye of the Beholder ou mais atual ainda Legend of Grimrock.
 

2 - Might and Magic Book One


  Enquanto em Wizardry a gente se ocupava apenas de explorar calabouços, em Might and Magic a gente podia visitar cidades e florestas inteiras. Nesse primeiro jogo de uma série que já conta com 10 títulos - excluindo seus spin offs -, Jon Van Caneghem trabalhou completamente sozinho. Embora haja uma liberdade artística nessa versão japônesa, ela começa igual a original; assim como em todo TES a gente começa como um prisioneiro, em Might and Magic a gente começa largado em uma cidade, temos que por assim dizer, adivinhar para onde ir e como a história irá se desenrolar. 

O Original de 1986


 Embora tenha um gráfico considerado mais agradável aos olhos, e uma música igualmente bonita, o jogo pode revirar os olhos dos fãs, não só pela falta de localização, e sim pelo fato de terem mudado algumas mecânicas do original, embora o auto-mapa seja uma melhoria bem vinda, nem todos aceitam bem a equipe pré-determinada, em paralelo ao original onde criamos nossa equipe inteira.  

3 - Might and Magic III


 Might and Magic III aparenta fechar a trilogia de Corak, o guardião a procura de Sheltem - não posso dar spoilers. Esse é ultimo Might and Magic do PC Engine CD, estranhamente pularam o segundo, a capa é melhor que a do original, e é surpreendentemente a melhor versão de console do jogo; ainda é mais travado que a versão de MSDOS, mas menos que a do SNES e Mega Drive que estavam mais para protótipo - não posso no entanto comparar com a versão de Sega CD, pois esta eu não tive o devido contato. Esse jogo aplicou um esquema de batalha muito mais dinâmico e rápido, o que deixou muito mais divertido por passar a se focar mais na exploração; aqui temos um mundo inteiro para explorar, cheio de inimigos bizarros, com direito até a ninjas, zumbis e ets. Apesar de ser um rpg ocidental, essa série tem mais bizarrice que muito jogo oriental.



 É um dos poucos jogos que vejo onde você tem a liberdade de controlar 8 personagens. Eles fazem caras engraçadas quando recebem algum efeito negativo. 
 

4 - Wizardry I - V


  Wizardry é uma série que caiu no gosto japônes, tanto que muitos jogos da série ainda não lançados apenas lá pela dentetora dos direitos. Muitas produtoras independentes ainda criam jogos com os mesmos esquemas e dificuldade, tais como a Starfish (Elminage Gothic), e a Experience Inc (Strangers of Sword City, Demon Gaze). O jogo foi originalmente lançado para Apple II em 1981, inspirado profundamente por algum jogo da era PLATO, muito provavelmente Oubliette - vou ainda me aprofundar sobre esse sistema algum dia. No jogo precisamos juntar um grupo de guerreiro e descer o extenso calabouço e derrotar Werdna, um mago que apesar de estar em sono profundo, sua aura ainda está a influenciar o entorno, causando perigo a cidade. Werdna é Andrew ao contrário, que foi junto com Robert um dos criadores do jogo. É um dungeon crawler cheio de puzzles, onde qualquer inimigo pode ser brutal. principalmente no quarto jogo da franquia. 

Uma das batalhas do I jogo.


 Do I ao III não houve grandes diferenças técnicas, era o mesmo jogo, talvez nos moldes de hoje teríamos como uma dlc, os personagens criados desde o primeiro poderiam ser importados até o terceiro jogo - isso no original, não sei a do PC-Engine. Embora o IV tenha os mesmos gráficos, aqui os papéis se invertem e controlamos o mago Werdna e sua trupe de monstros. A dificuldade brutal do IV jogo se da principalmente pelos inimigos serem personagens reais. Diz-se que, a empresa pediu aos jogadores seus saves e todos estavam com suas equipes super upadas, atravessaram todos os jogos, é coisa de level 99.



 Em Wizardry V, apesar da derrota de Werdna e outros inimigos, mais seres malignos aparecem ameaçando a paz do reino de Llylgamyn, o jogo é considerado uma revisão de seus antecessores, tendo seu sistema expandido. Esse é o ultimo da série a ser lançado no PC Engine, e é aqui também que se encerra uma saga, já que a posteriores fariam parte da trilogia de Dark Savant, uma espécie de imperador maligno intergaláctico. 



5 - Dungeons & Dragons: Order of the Griffon.


 Até onde sei, esse é o único da lista lançado para o PC engine, o jogador não obrigatoriamente necessita do periférico de CD para rodar esse exclusivo, que até o momento não foi relançado para nenhuma plataforma atual, nem em uma possível coletânea. A aventura licenciada de D&D em 1992, embora que mais simplificada, é levemente inspirada nos clássicos da Golden Box que faziam sucesso nos computadores dos anos 80, também ambientados nos mundos de Dungeon & Dragons, com combate tatico e exploração em primeira pessoa. 

O estilo dos portraits me lembra muito os de Eye of the Beholder.

 O jogo se passa em Mystara, e nosso objetivo é viajar por 3 cidades, assim como várias ruinas, fortalezas, cavernas e florestas, a fim de encontrar quatro pedras importantes para o enredo e prevenir o vampiro maligno Koriszegy de invocar um exército de mortos vivos. Os gráficos são bem bonitos para o PC Engine, mas acredito que assim como seu console não fez sucesso nas américas e caiu portanto no esquecimento. 




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