quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Diário de treino mental para a escrita - Parte 03.

Amo essa imagem, mas infelizmente não lembro quem é o autor dessa colagem. 

  Não sei dizer se meu esforço está fazendo grande diferença, acredito que talvez sim, já que nessa semana lancei uns 4 capítulos da fanfic, escrevi 2 páginas de um conto, e corrigi 72 páginas do meu livro principal. O primeiro arco de 5 - eu parei no começo do 5; então espero em menos de mais duas ou três semanas voltar a ativa
 Gostaria de divagar as minhas descobertas... Eu lembrava de muita coisa resumida, mas tinha esquecido de muitos detalhes pequenos.

 Infelizmente, não tenho muitos desenhos dos personagens; De Alice eu só tenho 2, vou ilustrar com a imagem do que acredito ser o vilão 

- planejo em refazer e reeditar isso, tá muito antigo, eu já evolui bastante em edição. Ainda preciso comprar mais papel. 

  Eu gostaria de comentar o que lembrei, e acredito que tirou um pouco aquela sensação de vida pacata e monótona deles. Eu sabia que o personagem tinha amigos, família, mas não lembrava que eles tinham uma personalidade.
 Por exemplo, o personagem masculino principal é muito discreto e na dele, enquanto os amigos, embora sejam muito bons amigos - daqueles que você poderia contar se estivesse devendo um agiota -, são muito libertinos, boêmios. Os amigos dele verdadeiramente se preocupam dele ser uma pessoa isolada, e tentam melhorar a vida dele levando-o pra festas e bagunças. Eles tem medo real do personagem cair em depressão. Isso é os amigos homens, também há uma amiga mulher; além de leal, ela é bonita, firme e decidida. Eles vão aparecendo e reaparecendo...
 Além de isolado o personagem principal é exótico, tiram sarro dele por andar de roupa social no meio da praia. O personagem principal é um pouco conservador em questão de roupas, mas de resto depois do ultimo capitulo que li, acho que não é tanto assim. Eu queria mostrar um personagem com alguns preconceitos, pois acho que isso enriquece o personagem, não deixar ele perfeitinho demais.
 No caso da relação de amor obsessivo, lembrei-me relendo que ele não começa a amar Alice de uma forma obsessiva logo de cara, tudo começa com uma curiosidade genuína, por ela ser muito misteriosa. Trato mais como obsessiva porque ele faz muitas renuncias pra ficar com ela.
 Ele tem família, se da mais bem com a prima do que com a irmã, mas não deixa de ser superprotetor com essa irmã. Sua mãe é o tipo de pessoa que parece já ter nascido sendo anjo na terra - todos conhecemos alguém assim. Ele foi uma criança pobre e trabalhou cedo, e mesmo assim batalhou.
 Essas coisas fazem com que eu tenha mais empatia por ele.
 Relendo tudo eu relembro, mas tinha esquecido que essas cenas, que na época eu achava chatas, eram importantes para o desenvolvimento dos personagens. É engraçado que na época eu não considerava o resultado bom não, sempre fui muito perfeccionista, agora tenho medo de não ser tão boa quanto antigamente. Lembrar de coisas eu lembrava, mas era tudo muito superficial, acho que tinha mentalmente mais o que eu senti nos últimos dois arcos.  
 Acho que vou escrever sobre isso sempre que eu terminar de corrigir algum arco... Não sei dizer se é uma correção perfeita, não confio 100% em mim, e só uso o chatgpt quando estou com alguma duvida besta de gramática - exemplo de "a ver", "haver", uso de crase... Fico com isso aberto e um dicionário online. Provavelmente no futuro vou precisar de alguém pra corrigir pra mim, e espero que seja a editora que se interessar mesmo, senão eu fico louca e termino nunca. É engraçado que eu achava o autor de Madame Bovary louco por ter demorado 5 anos pra terminar o livro dele devido ao seu perfeccionismo, e eu fiquei 8 anos sem tocar no meu texto mesmo estando perto da reta final - também por motivos pessoais. 
 
 
Outro personagem, só não lembro qual dos dois que eu suspeito seja.
 Hoje em dia eu mudaria a roupa dele. Acho que é mais novo que o
 primeiro desenho, está mais detalhado.

  Ademais, parei pra sonhar um pouco alto; a arte dos meus personagens tem tanta personalidade, seria interessante tentar edita-las e usa-las, pra quem sabe, caso o futuro me permita, lançar uma adaptação light novel desse projeto. Acho que nesse caso, as imagens de mangá combinariam perfeitamente, muito diferente de um livro em que eu sentiria estar lesionando o leitor.
 Vou mostrar um trecho do conto:


  A ideia de fazer um conto é que, quando está muito tempo num projeto grande, tu acaba enjoando da cara dos personagens tudo; ai tu cria um conto que dure entre 1 a 10 páginas, para espairar. Mas me sinto menos criativa hoje em dia, acredito que é porque eu não esteja mais tentando desenhar personagens, e sim só símbolos; seres místicos misteriosos. Acho que é só questão de exercitar a mente talvez, tipo, eu consigo imaginar coelhinhos dançando numa floresta ouvindo música, talvez daria algum pequeno conto infantil. Mas por enquanto decidi me aventurar em algum conto que deixei inacabado, pela metade, mas aviso que são poucos.
 Até tenho alguns numa lista, alguns nomes aleatórios, mas infelizmente, embora alguns tenham um plot bom, é provável que eu os tenha esquecido... Veja bem, muita coisa eu tive a ideia com 15 ou 16 anos de idade.
 
São quatro folhas com títulos de contos ou livros longos que eu tinha a mente, e nem tudo eu anotava, deixava pra lembrar de cabeça...

  Ademais, tenho um aviso que pode entristecer algumas pessoas, mas eu não vou escrever sobre MSX ou ZX Spectrum enquanto estou tendo essa euforia criativa; eu quero aproveitar esse surto e ver até onde ele vai dar. De verdade, preciso aproveitar esse surto, porque ele vai me impulsionar mesmo eu sendo preguiçosa e medrosa, vai me ajudar a ter disciplina. Não é como se eu fosse ficar assim por anos, mas reler tudo é algo que da muito trabalho, haja memória interna no cérebro. Estou cogitando em escrever anotações separadas de cada arco, porque esses personagens vão reaparecer noutros capítulos perto do final, e eu preciso lembrar da peculiaridade deles sem precisar ficar relendo tudo de novo.
 Acho que termino aqui com uma música desconhecida.


 





2 comentários:

  1. Não te preocupes, falando por mim, não fico triste pela pausa nas reviews técnicas! :) Também tenho outros prazeres (leitura primeiro, e depois, escrita), e estou gostando de acompanhar o teu processo de treino mental. Eu mesmo tenho imensos bloqueios que me impedem de escrever. Tenho tanto dentro da minha cabeça que não há forma de materializar em palavras com a paz de espírito necessária, e às vezes fico extremamente frustrado, o que piora a situação. Então, ao seguir o teu processo, vou pensando, muito ao de leve, no meu.

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    1. Que bacana Filipe! Eu sabia que você tinha interesse nessas coisas, tipo livros e HQs, mas não imaginava que você realmente passasse por coisas parecidas. Fico legitimamente feliz de perceber que estou ajudando outros artistas com conflitos e bloqueios criativos!

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