sexta-feira, 19 de julho de 2024

Terminei Mystery Case Files: Escape from Ravenhearst.


  Esse jogo continua a saga de Ravenhearst, aqui o detetive está investigando desaparecimentos perto de Blackpool, no decorrer você encontra com aquelas almas que você libertou no jogo anterior, elas te alertam do perigo que é adentrar a mansão novamente.
 Essa mansão está em frangalhos, mas o aspecto dela mesmo sendo de velha por algum motivo me parece menos velha que a do jogo anterior.


 Sinceramente achei a maior parte dos puzzles nada intuitivos. Alguns dava pra entender depois de quebrar a cabeça, mas com tanto backtracking você fica meio que sem saber quando uma coisa no ponto A está ligada ao ponto B.


  Charles Dalimar reaparece, dizendo que pediu ao filho Victor voltar no tempo, e de alguma forma ele está novamente com o poder nas mãos. Ele aprisiona a alma das pessoas que salvamos em portais, e cada portal quando aberto apresenta algum cenário de algum lugar da vida traumática dele; eu já sabia dos detalhes da vida dele pesquisando na internet, mas pra quem não quer spoiler é bom mesmo ficar sabendo as coisas por aqui. 
 Charles era um menino que sofreu muito na mão da mãe que era muito abusiva, aprendeu ocultismo com o pai e chegou a viver num hospital psiquiátrico e como um integrante de circo. Ele estava apaixonado por Emma, que embora gostasse dele, por motivos pessoais não se sentia apta a selar um contrato - não era um gostar avassalador como o caso que ela teve com Jack, mas é certo que ela tinha por ele algum carinho.


  Por não aceitar ficar longe dela, Charles passou a envenená-la. Ela cada vez mais doente e debilitada ficou um tempo que vivendo na mansão dele, e ele arrumou uma criada pra lhe fazer companhia. Logo que ela descobriu fez um plano pra fugir junto com os outros que moravam na mansão, mas esse plano é visível que não deu certo.


 Numa reação doentia ele acaba matando todos aqueles que fugiram, isso inclui aquela que ele tanto amou. Em seguida, fez um ritual pra prender aquelas almas a mansão.
 O interessante é que em cada cenário o vilão aparece na câmera conversando com a gente sobre coisas pessoais e profundas, os cenários são interessantes e bem ricos, mas maior parte dos quebra-cabeças são muito, mas muito estranhos. Alguém me falou que parecia macabro, mas não vejo como macabro se não há sangue. 
 Dou de exemplo o hospital, lá tem um monte de robô participando do cenário, tem médico robô fazendo cirurgia, mortos robôs no necrotério que mexem os pés quando fazemos cocegas em seus pés.  

 Lá tem um quebra-cabeça que exige você saber a ordem certa dos bebês robôs, e você precisa colocar eles no inventário, e enquanto você anda com eles pelo cenário você fica ouvindo um chorinho de neném.
 No mesmo lugar tem um puzzle em que você precisa apertar a barriga de robôs de mulheres gravidas, até que todas estejam com a barriga inchada.


 O principal é a encenação da mãe do Charles parindo, o bebê acaba saindo por uma maquina e bate com a cabeça na parede!


 Tem outras situações estranhas, principalmente na casa da família de Charles: Lá a gente encontra um robô de uma senhora de meia-idade obesa, e as vezes ela grita pedindo pra a gente cortar suas unhas, os pelos do nariz e espremer suas espinhas. A velha era tão insuportável que na encenação que vivemos da a entender que o Charles coloca uma bomba numa torta e faz a velha engolir e se explodir. 
 Os objetos escondidos desse jogo não são muito legais, eles funcionam como assombrações. Não tem uma lista propriamente dita do que procurar igual nos anteriores: Você vê um objeto estranho que pode ficar sumindo ou mudando de formato e tu clica nele, faz isso a quantidade de vezes que é pedido e você ganha outra ferramenta pra avançar.


 No final adentramos o covil de Charles e desativamos a maquina que prendia Emma, a criada e as gêmeas. Tudo começa a pegar fogo e ele fica decepcionado que mesmo a gente sabendo tudo sobre ele, seu eu mais profundo, a gente tenha feito todo seu plano ruir. Ele promete voltar e se vingar.


  O jogo termina com todas aquelas almas libertas, e estranhamente...Vivas? Sinceramente eu preferia elas mortas, dava um ar mais trágico e melancólico. Dizem que Dalimar reaparece em alguns outros dos 25 jogos da série, mas há puristas que dizem que a série morreu no episódio 10, e que a saga de Ravenhearst tinha que ter acabado completamente aqui.
 Enfim, tem muita coisa legal aqui, dublagem é boa, os personagens serem pessoas reais é algo charmoso, mas devido a dificuldade não virou o meu favorito, o anterior continua tendo um espaço bem quentinho no meu coração.
 Você tem um diário, e acho que ele devia ter tirado vantagem disso marcando quando algo no mapa era uma informação relevante.
 Vou ver agora se dou uma pausa desse gênero ou se jogo outro titulo. 



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